A lição mais importante sobre Zen que aprendi com o Mestre Thich Nhat Hahn foi sobre o tempo, sempre tendemos a dividir o tempo em nosso e dos outros, família e trabalho, lazer e obrigações, o Zen entende que isto é uma conceitualização limitante, já que todo tempo é nosso e oportuno para praticar atenção plena.

Sempre tive esta mesma limitação com relação ao Movimento, ataque, defesa, aquecimento, técnica, e claro, a preguiça de fazer certos exercícios, porque os considerava inúteis, pra que alongar se tudo que quero é soltar o braço, chutar, executar a Forma?

O Systema paulatinamente tem quebrado este paradigma dentro da minha mente, todo movimento é uma oportunidade, um jogo de tensões e relaxamentos que deve ser estudado a fundo, e que vai levar uma vida inteira pra arranhar a superfície.

Uma pequena diferença na respiração, um trauma antigo, e o tempo que nos degenera naturalmente, paradoxalmente gera novas perspectivas e possibilidades de movimento, ou seja um mergulho sem fim dentro de si mesmo, buscando uma liberdade cuja busca é gratificante por si mesma, Minha eterna Gratidão ao instrutor Guilherme Stamato por essa epifania corporal.

PS: Aquecer deixou de ser chato, pois também permite estudar o fluxo e o caminho da energia dentro do corpo.